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Especialidades

Terapia Ocupacional

Afinal, o que é a Terapia Ocupacional?

É uma profissão de nível superior, da área da saúde,que estuda as atividades humanas, compreendendo que as ocupações e atividades diversas do nosso cotidiano– como tomar banho, se vestir, ir ao banco, usar o transporte público e trabalhar, namorar, entre tantas outras– podem, em algum momento, ser fonte de sofrimento. O terapeuta ocupacional é um especialista que assume como ponto de partida que, independente do contexto da pessoa, a rotina de cada um precisa ser formada por atividades significativas e que tenham propósito.

Com essa visão o terapeuta ocupacional está capacitado a trabalhar com ações que promovam o desenvolvimento psicossocial, as rotinas produtivas, a aquisição de habilidades e a organização do tempo, condições importantes para se viver bem.  Quando necessário, o profissional também utiliza recursos tecnológicos para a conquista de autonomia e de uma vida independente, dentro das possibilidades impostas pela a realidade. Além disso, ele também é um especialista que auxilia o paciente a entender sua maneira de existir e estar na vida, aceitando suas limitações e, principalmente, descobrindo habilidades e potencializando capacidades já existentes.

Na infância, por exemplo, as diferentes brincadeiras e o aprendizado recebido na família e escola são fundamentais para a conquista de habilidades e a compreensão das regras de convívio em sociedade. Os anos passam, as prioridades mudam e novas vivências entram em cena: avançar nos estudos, ampliar a rede de contatos e encontrar amigos com quem se tenha afinidades verdadeiras; escolher uma profissão, ingressar no mercado de trabalho e poder se sustentar; casar, começar a própria família, cuidar da casa e administrar o orçamento do lar. Sim, a vida está sempre mudando e te convidando a assumir novos desafios e compromissos – ainda bem – pois este é o caminho natural e uma trilha que todos precisam percorrer, respeitando as particularidades de cada um.

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Quando uma criança precisa de Terapia Ocupacional?

A terapia ocupacional na infância é necessária quando o desenvolvimento não segue seu curso adequado.O terapeuta ocupacional entrevista os pais ou outros cuidadores que sejam presentes na vida da criança, que também é avaliada em três ou quatro sessões. Nelas, o terapeuta ocupacional avalia as áreas desempenho de acordo com a faixa etária do paciente, investigando, por exemplo, nível de independência (alimentar-se, tomar banho, despir-se, vestir-se), se ele é produtivo (estuda, brinca) ou se tem alguma dificuldade sensorial, física, cognitiva que comprometa a realização destas atividades do dia a dia, além de entender qual o contexto cultural em que vive.

Se a criança frequentar a escola, o terapeuta também solicita um relatório sobre o seu cotidiano em sala de aula e, a partir da análise destas informações, o terapeuta ocupacional chega a um Diagnóstico Ocupacional. Com as informações obtidas na avaliação, o terapeuta irá planejar o tratamento adequado ao paciente e quais objetivos possíveis de serem alcançados, sendo que o tratamento terapêutico ocupacional utiliza atividades previamente analisadas como recurso durante os atendimentos. O tratamento é concebido para apoiar a criança e sua família quando encontram dificuldades em qualquer uma das seguintes áreas: Motricidade grossa, Motricidade fina, Lateralidade, Brincar, Comportamento, Sensorial, Escola e Atividades de vida Diária -Alimentação/Higiene e Vestuário.

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Mas, por que usar atividades?

Porque qualquer atividade realizada (seja uma “brincadeira” ou uma atividade expressiva) no contexto terapêutico permite ao terapeuta trabalhar aspectos importantes percebidas na avaliação e que estão presentes no dia a dia dos pacientes. Imagine as seguintes situações

  • Davi, um menino de 4 anos, tem aversão ao toque, dificultando a aproximação das pessoas, mesmo as mais próximas. Durante as refeições, ele só consegue comer após selecionar e “separar” a comida de acordo com a textura. Também derruba objetos com frequência, além de gritar e chorar quando é exposto a muito barulho (veículos acelerando, aspirador de pó). Davi não brinca e ignora outras crianças, restringindo significativamente o seu convívio social.

Ao propor ao Davi que experimente materiais como uma “massinha de modelar”, por exemplo, o terapeuta consegue trabalhar, progressivamente, a aversão ao toque, ampliando o repertório de sensações da criança, além de investigar como é sua coordenação motora ou avaliar como Davi interage com o terapeuta durante a sessão, aceitando e dividindo materiais, até poder ir, gradativamente, convidando-o a participar de brincadeiras mais complexas, trabalhando, assim, algumas das queixas apresentadas inicialmente.

Este exemplo serve para ilustrar as perdas que, por alguma condição de saúde temporária ou permanente, impedem que uma criança desempenhe papéis significativos para o momento da vida em que está. E é justamente, neste contexto, que a Terapia Ocupacional pode intervir.

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